20/05/2023

Chat-GPT, Bard, Bing - Conspirações, Bilionários e Máquinas: A Verdadeira Trama da Inteligência Artificial?

 



Quem são realmente os marionetistas por trás do espetáculo da Inteligência Artificial (IA)? À medida que essa tecnologia revolucionária evolui, o coro de advertências apocalípticas se intensifica. Mas, seriam esses alertas autênticos ou apenas uma distração engenhosamente orquestrada?

 

Elon Musk, embora seja uma figura influente na discussão sobre IA, é Geoffrey Hinton que é conhecido como o "padrinho da IA". No entanto, em vez de apontar as incontáveis formas pelas quais a IA pode beneficiar a humanidade, eles se tornaram famosos por pintar quadros sombrios de um futuro dominado por máquinas superinteligentes. Mas, e se tudo isso não passar de uma estratégia de marketing magistralmente arquitetada? E se o objetivo real for criar um fascínio envolto em temor, estimulando uma atenção maior do que a descrição dos meros benefícios da tecnologia poderia atrair?

 

Além disso, uma série de bilionários tem clamado por "uma pausa na pesquisa de IA". Por quê? Estariam eles genuinamente preocupados com um apocalipse robótico ou, na realidade, temendo que a próxima grande disrupção ameace seus impérios corporativos?

 

Apesar das intrigas e controvérsias, é essencial não perder de vista o enorme potencial da IA. Esta tecnologia tem o poder de redefinir nosso futuro, melhorando diagnósticos médicos, transformando a educação e reinventando a mobilidade. A IA promete mudanças tão radicais quanto as que acompanhamos na era da informação.

 

Portanto, olhe além do ruído, questione as narrativas e perscrute a verdade por trás do espetáculo. A IA não é uma arma de distração massiva nas mãos dos bilionários, mas sim uma ferramenta poderosa que pode moldar o futuro - se a usarmos com sabedoria.

 

Nota: Este texto foi escrito por uma Inteligência Artificial. Que ironia, não é?


28/10/2013

Físicos propõem que espaço é formado por “átomos de espaço”


Físicos propõem que espaço é formado por
[Imagem: T. Thiemann/FAU Erlangen]

Seria o espaço formado por “átomos de espaço”? É o que propõe uma nova teoria da gravidade quântica, que poderá ser capaz de descrever a evolução do Universo do Big Bang até os nossos dias, tudo em uma única teoria.

Teoria da gravidade quântica

Apesar de todos os avanços recentes, a física de hoje não consegue descrever o que aconteceu no Big Bang.

A teoria quântica e a teoria da relatividade funcionam muito bem dentro de suas próprias fronteiras, mas colapsam nesse estado primordial quase infinitamente denso e quente do Universo.

Em certas regiões extremas – em distâncias extremamente pequenas, na chamada escala de Planck, por exemplo – nenhuma das duas teorias tem qualquer coisa a dizer.

Espaço e tempo, portanto, não têm nenhum significado em buracos negros ou, mais notavelmente, durante o Big Bang.

É por isso que os físicos sonham com uma teoria mais abrangente, uma teoria da gravidade quântica, que unifique estes dois pilares fundamentais da física.

Assim, esperam eles, poderíamos ter uma visão plausível de como o Universo começou.

Unificação da descrição do Universo

Agora, cientistas do Instituto Max Planck de Física Gravitacional (Alemanha) e do Perimeter Institute (Canadá) fizeram uma descoberta importante nesse percurso rumo a uma explicação mais geral do Universo.

De acordo com a nova teoria, o espaço seria composto de pequenos “blocos fundamentais” – assim como a matéria tem nos átomos seus blocos de construção básicos, o espaço também seria formado por algo parecido com “átomos de espaço”.

Tomando essa hipótese como ponto de partida, os cientistas chegaram a uma das equações mais fundamentais da cosmologia, a equação de Friedmann, que descreve o Universo.

Isso mostra que a mecânica quântica e a teoria da relatividade realmente podem ser unificadas, defendem eles.

A equação de Friedmann, que descreve o Universo em expansão, foi derivada pelo matemático russo Alexander Friedmann na década de 1920, com base na Teoria Geral da Relatividade de Einstein.

Átomos de espaço

Assim como um líquido consiste de átomos, Daniele Oriti e seus colegas imaginam o espaço como algo composto de pequenas células ou “átomos de espaço”, o que exige uma nova teoria para descrevê-los: a gravidade quântica.

“Nós podemos descrever o comportamento de um fluxo de água com a teoria clássica há muito conhecida da hidrodinâmica. Mas se avançamos para escalas cada vez menores e, eventualmente, chegamos aos átomos individuais, a hidrodinâmica não se aplica mais. Então precisamos da física quântica,” compara ele.

Na Teoria da Relatividade de Einstein, o espaço é um continuum.

Oriti segmentou esse espaço em pequenas células elementares, e aplicou nelas os princípios da física quântica, como se faz com outras partículas elementares.

Esta é a ideia unificadora, já que a física quântica foi então aplicada não apenas ao espaço descrito pela Relatividade, mas ao “cerne do espaço”, à sua própria “consistência”.

Físicos propõem que espaço é formado por
[Imagem: ESA/SPI Team/ECF]
Algumas teorias sugerem que a natureza quântica do espaço – sua “granularidade” – deve manifestar-se na chamada escala de Planck: a 10-35 metro. 
Escalas dimensionais

Um problema fundamental de todas as abordagens da gravidade quântica consiste em estabelecer uma ponte entre as grandes escalas dimensionais – dos átomos até as dimensões do Universo.

Voltando à ideia dos fluidos: Como pode a hidrodinâmica que vale para a água que flui ser derivada de uma teoria para os átomos?

A tarefa agora consistiu em descrever a forma como o espaço evolui a partir de células elementares – os átomos de espaço.

Esta tarefa matemática desafiadora levou a um resultado que se mostrou um sucesso surpreendente.

“Sob hipóteses especiais, o espaço é criado a partir desses blocos básicos, e evolui como um Universo em expansão,” explica Oriti. “Pela primeira vez, portanto, nós fomos capazes de derivar a equação de Friedmann diretamente, como parte de nossa teoria completa da estrutura do espaço.”

Oriti e seus colegas, então, conseguiram fazer a ponte do micromundo até o mundo macro e, portanto, da mecânica quântica para a Teoria da Relatividade Geral: eles mostraram que o espaço emerge como o condensado dessas células elementares e evolui para um universo que se assemelha ao nosso.

Detalhes

Nesse ponto, é bom lembrar que, em sua conclusão, Oriti começou sua frase com “Sob hipóteses especiais”.

É que a solução é válida para um universo homogêneo.

Mas nosso mundo real é muito mais complexo, contendo “heterogeneidades” tais como galáxias, estrelas, planetas – e seres humanos.

Os físicos agora estão trabalhando para tentar incluir esses “detalhes” em sua teoria dos átomos de espaço.

Bibliografia:
Cosmology from Group Field Theory Formalism for Quantum Gravity
Steffen Gielen, Daniele Oriti, Lorenzo Sindoni
Physical Review Letters
Vol.: 111, 031301
DOI: 10.1103/PhysRevLett.111.031301


15/10/2013

Ingleses dizem ter provas de vida alienígena que veio parar na Terra

Pesquisadores ingleses anunciaram ter provas de vida alienígena que veio parar na Terra, após um experimento em agosto passado. A descoberta considerada "revolucionária" foi publicada no periódico Journal of Cosmology nesta quinta-feira (19).



01/06/2013

Energia Elétrica Sem Fios


"Todas as pessoas em todo o mundo deveriam ter fontes de energia gratuita. Energia eléctrica está em todo o lado, presente em quantidades ilimitadas e pode alimentar a maquinaria mundial sem a necessidade de carvão, petróleo ou gás." - Nikola Tesla


" O que aconteceria se pudéssemos gerar energia a partir dos vidros das nossas janelas? Nesta conferência comovente, o empresário Justin Hall-Tipping mostra os materiais que poderiam tornar isso possível, e como questionando a nossa noção de 'normal' pode levar a descobertas extraordinárias. "










FONTE: http://atecnologiadofuturo.blogspot.com.br/2012/04/energia-electrica-sem-fios.html

01/05/2013

Cientistas examinam uma menina de 15 anos que viveu no Império Inca, e que ficou congelada por 500 anos

FONTE: http://www.blog.quartogeek.com.br/geek-curioso-cientistas-examinam-uma-menina-de-15-anos-que-ficou-congelada-por-500-anos

mummy [Geek Curioso] Cientistas examinam uma menina de 15 anos que ficou congelada por 500 anos.


Desenterrada em 1999 no cume do vulcão Llullaillaco (a 6.739 metros do nível do mar), perto da fronteira com o Chile, o seu corpo e o de um menino de 7 anos de idade, estão entre as múmias em melhor estado de preservação já encontradas. Os órgãos internos intactos, sangue ainda presente no coração e nos pulmões, pele e características faciais ilesas. Nenhum esforço foi feito para preservá-los: o frio e o ar seco fizeram todo o trabalho.
Além disso, exames de raios X feitos no corpo da menina inca mostraram sinais de infecção pulmonar no momento da morte. A descoberta, feita com uma nova técnica de esfregar cotonetes nos lábios da múmia e comparando-os com amostras de pacientes atuais e do genoma humano, vai ajudar no estudo sobre defesa contra novas doenças.

De acordo com Angelique Corthals, da Universidade da Cidade de Nova York, que é uma das autoras do estudo, a técnica pode auxiliar a descobrir informações sobre como a gripe de 1918 foi tão devastadora no mundo ou ainda melhorar a compreensão sobre possíveis ameaças à saúde da população no futuro, como o surgimento de agentes infecciosos ou doenças que reaparecerem (chamadas de re-emergentes).


11/04/2012

Análise matemática da fala flagra esquizofrenia


GIULIANA MIRANDA

DE SÃO PAULO


A forma como alguém conta uma história pode revelar muitas coisas, inclusive transtornos psiquiátricos. Pesquisadores brasileiros criaram um método que consegue identificar pacientes com esquizofrenia e com mania apenas usando a fala.
O trabalho começou a ser desenvolvido em 2006 e, ao longo do tempo, envolveu um time de cientistas de várias especialidades, liderados por uma equipe do Instituto do Cérebro da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em Natal).
Os pesquisadores criaram um modelo que transforma em gráficos (grafos) o discurso dos pacientes. E, a partir desse padrão, é possível identificar padrões e correlações que são bastante específicos dessas duas psicoses.
No experimento, os cientistas analisaram 24 pessoas, sendo oito delas com diagnóstico prévio de esquizofrenia, oito de mania e oito sem psicoses diagnosticadas.
Editoria de arte/Folhapress
O MÉTODO
O primeiro passo é uma entrevista, na qual se pede que os pacientes contem um sonho. Esse relato é gravado e transcrito. Depois, é aplicado um software usado no estudo dos grafos -área que já é consagrada na psiquiatria- que destaca os pontos relevantes da fala dos pacientes.
O programa, além de indicar os pontos de conexão da conversa, apresenta as principais diferenças no discurso dos voluntários.
Os resultados são simples de interpretar visualmente. Os grafos dos pacientes com mania são muito mais densos, com várias idas e vindas em relação ao tema do relato. Em geral, a pessoa "se perdia" mais na conversa, uma característica marcante das pessoas com esse transtorno.
Já os grafos dos pacientes com esquizofrenia são mais retilíneos e seguem uma sequência menos caótica. Os pacientes tendem a falar menos, a ser mais contidos no relato de suas experiências.
"Um psiquiatra treinado é capaz de, em uma conversa longa no consultório, chegar às mesmas conclusões. Esses padrões de discurso já são notados. O que nós criamos agora é uma forma mais rápida e quantitativa de abordar a questão", explica Natália Mota, do Instituto do Cérebro, uma das autoras do trabalho, publicado na "PLoS ONE".
Embora os cientistas tenham conseguido taxa de sucesso no diagnóstico de cerca de 93%, bem maior do que os cerca de 67% das escalas mais usadas pelos psiquiatras, Mota ressalta que o método deve complementar as avaliações usadas atualmente. "Ele não substitui a experiência do consultório."
O neurocientista Sidarta Ribeiro, que também participou do trabalho, vê um grande potencial no método.
"Por enquanto, nós analisamos apenas a forma com que as coisas foram ditas. A questão semântica ainda não entrou nesse trabalho. Mas nós já começamos uma próxima etapa, que vai juntar tudo isso. Estamos trabalhando para aperfeiçoar essa ferramenta", diz o cientista.

26/03/2012

Gás hélio ameaçado de extinção



DE SÃO PAULO


O cientista Oleg Kirichek, que pesquisa feixes de nêutrons no Reino Unido, recebeu uma notícia desagradável na semana passada. Um de seus principais experimentos, projetado para investigar a estrutura da matéria, teve de ser cancelado por falta de gás hélio.
As informações são do jornal britânico "The Guardian".
O gás é utilizado para resfriar os átomos para cerca de -270ºC, reduzindo suas vibrações e os tornando mais fáceis de estudar.
Segundo Kirichek, pesquisas que investigam estrutura da matéria, aparelhos de ressonância magnética e outros dispositivos avançados que utilizam o gás podem em breve ter que reduzir as operações ou até mesmo pararem porque há desperdício de gás hélio.
O principal vilão são os balões de festa. O gás hélio é abundante no universo, mas raro no planeta Terra. Em São Paulo, um botijão para encher cem balões custa cerca de R$ 120.
Carlos Cecconello/Folhapress
Balões voam para longe graças ao gás hélio
Balões voam para longe graças ao gás hélio
"Colocar gás hélio em balões de festa e deixá-los escapar para a atmosfera ou o usarmos para deixar nossa voz ficar estridente [outro uso divertido do gás] é muito, muito estúpido. Fico realmente irritado com isso", disse o cientista.
O hélio é um gás inerte que não reage com outros produtos químicos e é, portanto, seguro de manusear. É importante para a ciência porque, mesmo a temperaturas extremamente baixas, não se solidifica e assim pode ser usado, em forma líquida, para resfriamento, um recurso vital para cientistas que trabalham em muitos campos.
Na Terra, há uma oferta limitada de hélio. Essencialmente, existem bolsões de gás próximos à camada de petróleo e, durante a perfuração, o gás sobe à superfície.
Na década de 1920, os EUA decidiram que o gás hélio seria um recurso estratégico. Na época, ele era usado em aeronaves.
Nos últimos anos, a procura aumentou e os estoques começaram a se esgotar.
Ironicamente, o hélio é o segundo elemento mais abundante no universo, perdendo apenas para o hidrogênio.

29/11/2011

Síndrome da Super-memória




         O americano Robert Petrella tem uma memória fora do comum: ele é capaz de memorizar todos os números de telefone armazenados em telefones celulares e, ao olhar uma única fotografia de um lance de um jogo do seu time de coração, o Pittsburgh Steelers, é capaz de dizer a data da partida e o escore final.
          Petrella tem uma síndrome raríssima, chamada Memória Autobiográfica Altamente Superior (HSAM, na sigla em inglês), na qual o paciente não se esquece de quase nada do que aconteceu com ele na vida.
           Quem tem essa condição é capaz de se lembrar o que comeu no almoço hoje ou três anos atrás, ou de recordar com detalhes as notícias que leu no jornal há décadas. Mesmo se quiserem, essas pessoas não podem apagar memórias como o fim de um namoro ou as lembranças de um acidente.
           "Eu notei isso durante o ensino secundário, me dava conta que nem todos recordavam o que eu conseguia lembrar, e pensava que era algo incomum, como ser canhoto ou algo assim. Mais tarde, notei que isso tinha outra dimensão. Sempre tive facilidade nos exames, pois lembrava de tudo sem ter feito revisão dos tópicos", disse Petrella à BBC.
           Para o americano, a síndrome acaba sendo bastante útil em sua profissão, já que ele é produtor de documentários para o History Channel e o Discovery Channel.
"Às vezes, me recordo de algo que alguém disse há 30 anos, coisas que as outras pessoas não lembrariam, porque foram ditas no momento, e isso pode tornar as relações raras", diz Petrella.
           "Mas não tenho problemas em viver no passado. As recordações estão na minha cabeça e são parte de mim, mas não me impedem de viver o hoje e olhar para o futuro."
Programa de TV
          A HSAM é tão difícil de ser identificada que até então apenas 20 pessoas no mundo - todas nos Estados Unidos - haviam sido diagnosticadas com ela.
Mas um programa sobre a síndrome exibido pela rede de TV americana CBS, e visto por pelo menos 24 milhões de pessoas, ampliou o conhecimento sobre a HSAM.
          Desses telespectadores, 500 entraram em contato com os pesquisadores por acreditarem que tinham HSAM. Mas apenas 10 foram confirmadas com a síndrome.
Brad Williams, um dos portadores da síndrome HSAM. (Foto: BBC) 
Somente 20 pessoas foram diagnosticadas com a
doença no mundo. (Foto: BBC)
          Há apenas cinco anos essa condição começou a ser chamada de Memória Autobiográfica Altamente Superior, quando o especialista em memória James McGaugh publicou um artigo sobre seu estudo de seis anos de uma paciente com os sintomas.
O quadro já foi retratado na ficção, como no conto 'Funes, o Memorioso', do argentino Jorge Luis Borges, e na série de TV Unforgettable ('Inesquecível', em inglês), que acaba de estrear nos Estados Unidos.
           "Provavelmente há pessoas com essa síndrome há séculos, mas suas bases nunca haviam sido investigadas cientificamente. É um quadro muito raro", afirmou McGaugh à BBC.
Para reconhecer a HSAM, os cientistas fazem testes médicos e avaliam os potenciais candidatos com um questionário de acontecimentos públicos ocorridos nos últimos 20 anos. Fatos que vão desde eleições a competições, passando pela a entrega de prêmios e até acidentes aéreos.
          Uma pessoa com a Memória Autobiográfica Altamente Superior seria capaz de dizer a data precisa e o dia da semana em que os eventos ocorreram, além de outros detalhes.
Os que obtêm mais de 55% no teste são então interrogados sobre experiências mais pessoais.

"Google humano"
          "A família nos dá fotos ou diários para que a gente tenha dados precisos e assim provar as informações das quais eles dizem se lembrar. É muito, muito difícil que um indivíduo que registre (dados como esse) além de um certo tempo, como um nível de detalhes tão específico", afirmou McGaugh.
           Por isso, eles foram apelidados de "Googles humanos".
          É o caso de Brad Williams, de 55 anos, que vive em Wisconsin. 'Me dei conta (da síndrome) participando de concursos de perguntas em bares. Sou fanático por esses concursos e sempre fui melhor e mais rápido do que o restante das pessoas', disse Williams.
"Isso também acontece em episódios familiares: eu sempre consigo lembrar de datas específicas e detalhes de tudo."
          Williams diz que ser ter HSAM lhe traz algumas vantagens específicas em seu trabalho como jornalista. "O que eu de fato preciso armazenar ou buscar na internet é um volume bem menor de informações do que o que já está na minha cabeça."
          No entanto, nem todos os que possuem esse tipo de memória festejam sua condição.
         É o caso de Jill Price, a paciente que procurou especialistas por não poder mais suportar seu constante exercício de se lembrar de tudo. Foi o caso dela que serviu de gatilho para os estudos.
          "É incessante, incontrolável e imensamente cansativo. As lembranças vêm, simplesmente chegam na minha mente. Não posso controlá-las", escreveu Price em sua autobiografia The Woman Who Can't Forget (A Mulher que Não Consegue Esquecer, em tradução livre do inglês).
          Em seu caso, a HSAM acabou complicando suas relações com as pessoas. Entre os pacientes de McGaugh não há nenhum casado ou com relações estáveis.
         No entanto, o especialista afirma que casos de insatisfação como os de Price são a minoria.
           "A maioria acredita que é um dom. Se questionados se prefeririam não ter a síndrome, eles dizem que não mudariam isso por nada."
Busca no cérebro
          Entre esses pacientes, está a atriz Marilu Henner, conhecida pela série de TV Táxi, do fim dos anos 1970. Para ela, visualizar a vida em forma de um calendário tornou mais fácil a tarefa de atuar.
         A atriz agora dá palestras motivacionais e escreveu um livro para ajudar outras pessoas a ativar sua memória autobiográfica.
        "Não tenho problemas em viver com o passado: as lembranças estão na minha cabeça e são parte de mim. Não me impedem de viver o hoje ou olhar para o futuro."
         O neurobiólogo McGaugh considera, no entanto, que a HSAM é uma condição pré-existente, que se mantém ao longo do tempo e que ainda carece de explicações neurológicas.
Por ora, a recomendação aos portadores da síndrome é que não encarem sua condição como um grande peso e que não se exponham a circunstâncias traumáticas. Não são bons candidatos, por exemplo, para se alistarem no Exército ou seguir para a guerra.




03/10/2011


Odradek


Alguns derivam do eslavo a palavra Odradek e querem explicar sua formaçao mediante essa origem. Outros a derivam do alemão e admitem apenas uma influência do eslavo. A incerteza de ambas as interpretações é a melhor prova de que são falsas; além disso, nenhuma delas nos dá uma explicação da palavra.
Naturalmente ninguém perderia tempo em tais estudos se não existisse realmente um ser chamado Odradek. Seu aspecto é o de um carretel de linha, achatado e em forma de estrela, e a verdade é que se parece feito de linha, mas de pedaços de linha, cortados, velhos, emaranhados e cheios de nós, de todos os tipos e cores diferentes. Não é apenas um carretel; do centro da estrela sai uma
hastezinha e nesta se articula outra em 6angulo reto. Com a ajuda desta última de um lado e um dos raios da estrela do outro, o conjunto pode ficar em pé como se tivesse duas pernas.
Seriamos tentados e crer que esta estrutura teve alguma vez uma forma adequada e uma funçao, e que agora apenas está quebrada. Entretanto, esse não parece ser o caso; não há pelo menos nenhum sinal disso; em parte alguma se vêem remendos ou rupturas; o conjunto parece sem sentido, porém completo à sua maneira. Nada mais podemos dizer, porque Odradek tem estraordinária mobilidade e não se deixa capturar.
Tanto pode estar no forro, como no Vão da escada, nos corredores, no saguão. Ás vezes passam-se meses sem que alguém o veja. Terá se aninhado nas casas vizinhas, mas sempre volta à nossa. Muitas vezes, quando cruzamos a porta e o vemos lá embaixo, encostado ao balaústre da escada, temos vontade de falar-lhe.
Naturalmente não se fazem a ele perguntas difíceis, mas sim o tratamos – seu diminuto tamanho nos leva a isso – tal qual uma criança. “Como te chamas?”perguntam-lhe. “Odradek”,diz. “E onde moras?” “Domicilio Incerto”, responde , e ri, mas é um riso sem pulmões. Soa como um sussuro de folhas secas.
Geralmente o diálogo acaba aí. Nem sempre se conseguem essas respostas; por vezes guarda um silêncio, como a madeira de que parece ser feito. Inutilmente me pergunto o que acontecerá a ele. Pode morrer? Tudo que morre teve antes um objetivo, uma espécie de atividade, e assim se gastou; isto Não acontece com Odradek. descerá a escada arrastando fiapos frente aos pés de meus filhos e dos filhos de meus filhos? Não faz mal à ninguem mas a idéia de quepossa sobreviver-me é quase dolorosa para mim.
Franz Kafka



Dorme a família. Este ser (ou objeto)
surge na sala, num surto (ou cio),
rola no chão, nas paredes, no teto,
senhor da noite e do espaço vazio.

Todos acordam. Já nosso odradek
hiberna dobrado -- espécie de leque --
dentro do armário mais fundo e secreto.


Paulo Henriques Britto, extraído do livro Tardes.



23/09/2011

Cientistas anunciam partícula que se move mais rápido que a luz


Uma equipe internacional de cientistas afirma ter encontrado partículas de neutrino que se movem mais rápido que a velocidade da luz.
Martial Trezzini/Efe
O Grande Colisor de Hádrons onde foi realizado o estudo sobre neutrinos
O Grande Colisor de Hádrons onde foi realizado o estudo sobre neutrinos
Se confirmada, a descoberta pode alterar uma das leis fundamentais da física, a teoria da relatividade de 1905 feita por Albert Einstein. Pelos seus estudos, nada no Universo poderia ser mover mais rápido que a luz.
O pesquisador Antonio Ereditato, que trabalha no Cern (sigla em francês de Organização Europeia de Pesquisa Nuclear), disse que as medições nos últimos três anos, realizadas no LHC (Grande Colisor de Hádrons), mostraram os neutrinos se movendo 60 nanossegundos mais rápidos que a luz em uma distância equivalente ao que seria o trajeto entre as cidades de Genebra, na Suíça, e Gran Sasso, na Itália --cerca de 730 km.
"Temos grande confiança em nossos resultados. Mas precisamos que outros colegas façam e confirmem seus próprios testes", disse.

21/04/2011

Estudos relacionam obesidade a flora intestinal "ruim"


Os cientistas estão, nos últimos anos, começando a entender como vivem os trilhões de seres que há no intestino de cada ser humano. Ainda que seja você quem come chocolate todos os dias, uma flora intestinal que não ajuda pode ser a culpada pelos seus pneuzinhos, dizem os pesquisadores.
Em 2006, um estudo na "Nature" mostrou que gordos tinham um tipo diferente de flora intestinal. Não se sabia bem se a obesidade era causa ou consequência.
Três anos depois, um pesquisador americano, Jeffrey Gordon, da Universidade Washington, propôs na "Science Translational Medicine" que engordar era consequência. Ele dizia que as pessoas deveriam saber que tipo de bactérias há em seu intestino para saber se eram vulneráveis à obesidade.
Agora, um outro trabalho na "Nature" mostra que existem três diferentes tipos de flora intestinal. Do mesmo jeito que cada ser humano tem um tipo sanguíneo, todos tem um "tipo intestinal".
Cada um representa um tipo de bactéria diferente que predomina no intestino. Assim, ao menos por enquanto, esses tipos não tem nomes fáceis como "O positivo" ou "A negativo", mas "predominância de Bacteroides" ou "predominância de Prevotella".
Ficou claro para os pesquisadores que o tipo intestinal nada tem a ver com com a etnia do indivíduo, com o seu país de origem ou com a sua maneira de se alimentar.
Como cada bactéria tem uma eficiência diferente na hora de extrair energia dos alimentos, é possível que aquele amigo que come feito quem nunca viu comida e continua magro tenha tido a sorte de nascer com o tipo de flora intestinal certa.
Os cientistas, de várias instituições europeias (com colaboração da Universidade Federal de Minas Gerais), não conseguiram, porém, apontar qual das três floras intestinais é de gordinho e qual é de "magro de ruim". Estudaram bactérias de europeus, americanos e japoneses.
Era um grupo de poucas dezenas de pessoas. Os cientistas estão planejando repetir o trabalho agora com 400.
Mesmo que eles consigam novos resultados, certamente o tipo intestinal não será a única explicação para a obesidade. Outros fatores, como a alimentação e questões genéticas não relacionados ao intestino, certamente têm um peso grande.
De qualquer forma, não é possível subestimar o papel das bactérias no organismo humano.
Elas são muitas: enquanto o corpo humano tem cerca de 10 trilhões de células, cada pessoa carrega consigo mais de 300 trilhões de bactérias de todos os tipos.
Ou seja: há bem mais células de bactérias em você do que células de você mesmo.

Editoria de Arte/Folhapress

15/02/2011

Programa de rádio diz ter descoberto receita original da Coca-Cola


A receita da Coca-Cola, guardada a sete chaves pelos proprietários da empresa durante 125 anos, pode ter deixado de ser um mistério, segundo um site que afirma ter descoberto os ingredientes em uma página esquecida de jornal.
Os produtores do programa de rádio "This American Life" publicaram em seu site nesta terça-feira (15) a suposta receita, cuja fórmula original estava na fotografia que ilustrava um artigo sobre a história da Coca-Cola, publicado no jornal "Atlanta Journal Constitution" de 1979.
A imagem mostra uma lista de ingredientes escritos de próprio punho em 1886 por um amigo do criador da bebida, John Pemberton, em um livro de boticário passado de geração em geração que atualmente estava com uma mulher em Griffin (Geórgia), conforme "Thisamericanlife.org".
Coca-Cola, que mantém a versão oficial de sua receita em um cofre em Atlanta que só dois funcionários têm a chave, não comenta se a composição é a correta.


Para a mistura do famoso ingrediente secreto são necessárias oito onças de álcool, 20 gotas de óleo de laranja, 30 gotas de óleo de limão, 10 de óleo de noz moscada, 5 de óleo de coentro, 10 de óleo de neroli - das flores da laranjeira amarga - e 10 de óleo de canela.Da lista publicada, a parte mais reveladora é a que explica como misturar o 7X, uma substância que só representa 1% da bebida, mas que é crucial para dar o sabor característico.

O restante da bebida é elaborado com três onças de ácido cítrico, duas onças e meia de água, uma de cafeína, uma de baunilha, duas pitadas de suco de lima, uma onça e meia de bala para dar cor e uma quantia de açúcar que está ilegível na lista.
A receita original inclui três copos de extrato de fluído de coca, um ingrediente que a companhia retirou do composto no início do século 20, após uma corrente de críticas.
Resta saber se, além da eliminação desta substância, os proprietários da Coca-Cola aplicaram modificações substanciais na fórmula desde que Pemberton a projetou.
Para tentar comprová-la, a equipe do programa de rádio reuniu um grupo de analistas e de amantes da bebida em uma degustação da mistura obtida pela receita. Segundo o site, a maioria dos que provaram não encontravam diferenças entre o produto e a Coca-Cola comercializada.
"Acho que esta é de verdade uma versão da fórmula", disse ao programa o historiador Mark Pendergrast, autor de uma história da bebida.
Na parte da tarde, o site do "Thisamericanlife.org" estava fora do ar.

27/01/2011

Militar no front pede em casamento a amada por telefone, mas erra número



Um soldado britânico, possivelmente servindo no Afeganistão, fez uma proposta de casamento a sua namorada deixando um recado na caixa postal do telefone dela -mas acabou ligando para o número errado.
Agora, Diane Potts, dona do telefone que recebeu a chamada, está tentando descobrir quem é o casal, com medo de que a mulher não tenha ficado sabendo da proposta e isso possa causar algum mal entendido.
Na mensagem, o militar se dirige a 'Samantha' e fala de um colega que morreu em uma explosão.
Ele diz que está com saudades e a pede em casamento. Mas a mensagem acabou parando no número errado.
Diane revelou à imprensa britânica o teor da mensagem, que até foi postada na internet (em inglês), na esperança de que alguém reconheça a situação e desfaça a confusão.

FONTE 

20/01/2011

Moléculas fundamentais à vida podem ter origem extraterrestre, diz pesquisa


Cientistas da Nasa (agência espacial americana) descobriram que alguns aminoácidos --elementos essenciais à vida na Terra-- podem ter vindo do espaço, pegando carona em asteroides que se chocaram com a nossa atmosfera.


Os aminoácidos são importantíssimos porque ajudam a compor as proteínas, indispensáveis para a existência de todas as formas de vida no nosso planeta.


Ao estudar os fragmentos de um meteorito (pedaço de asteroide) que caiu no deserto africano em 2008, cientistas da Nasa comandados por Daniel Glavin do Centro Goddard de Voo Espacial, descobriram que os pedaços de rocha vindo do espaço continham aminoácidos do tipo canhoto.


Os aminoácidos podem ser de duas variedades: destros ou canhotos. Elas funcionam como imagens espelhadas. Algo como nossas mãos, uma com o polegar voltado para direita e outra, para a esquerda.


Na Terra, todos os seres vivos têm aminoácidos canhotos, como os do meteorito. Mas isso não quer dizer que a versão destra seja impossível por aqui. Cientistas já conseguiram sintetizá-la em laboratório.


O que eles não sabem ainda é por que os canhotos prevaleceram. Os fragmentos do meteorito podem, então, dar uma importante contribuição para matar essa charada.
Ao analisar essas moléculas, os pesquisadores se surpreenderam: alguns dos aminoácidos simplesmente não existiam na Terra, enquanto outros eram realmente bem difíceis de se encontrar na natureza.


Isso, de acordo com os autores do trabalho, publicado esta semana na revista "Meteoritics and Planetary Science", comprovaria que o meteorito já teria chegado ao planeta com os aminoácidos, tornando impossível a hipótese de "contaminação" no ambiente.


Eles acreditam que o asteroide, batizado de 2008 TC3, é provavelmente uma parte de algum planeta que existiu nos primórdios do Sistema Solar. Mas, como a temperatura nesse planeta devia ser realmente muito alta, os cientistas acham que os aminoácidos não se formaram enquanto o astro ainda estava inteiro.
E o enigmas vão além: ao contrário dos aminoácidos da Terra, que precisam de água para se formar, as "moléculas ET" não tinham o líquido disponível no ambiente do meteorito.


Isso, de acordo com o chefe do trabalho, aumenta as possibilidades da existência de vida usando "ingredientes" até agora considerados impossíveis.


Glavin disse em entrevista ao "Science News" que, na opinião dele, se realmente existir uma forma de produzir aminoácidos sem água, isso então "aumentaria muito a probabilidade da existência de vida em outros lugares do Universo".


Embora esta seja uma grande novidade, vale lembrar que os aminoácidos são apenas uma parte da vida. Para chegar até ela, ainda são necessários muitos outros fatores.

POR GIULIANA MIRANDA
DE SÃO PAULO